7 de jun. de 2011

E a GELATINA?



É quase cultural...desde pequenas ouvimos falar que gelatina é saudável, faz bem...que as crianças devem comer diariamente. Bem, até em hospitais a sobremesa é gelatina...
Sempre me questionei quanto ao seu uso, principalmente ao ler o rótulo das lindas e chamativas caixinhas. Para mim, gelatina de verdade é o colágeno que é extraído dos ossos de animais (mocotó) ou de algas (ágar-ágar) e esta sim é extremamente saudável e nutritiva, apesar de não ter gosto de nada.
As crianças, com certeza não verão graça, mas você pode aproveitar essa falta de sabor e acrescentar em qualquer comida que fizer em casa, garantindo assim um alimento saudável e de verdade na alimentãção de seus filhos e de toda a família!

Vale a pena dar uma lida nesta avaliação realizada por profissionais da Pro Teste e postada no site da UOL:

Associação desaconselha consumo de gelatina por crianças

Da Redação
A Pro Teste, associação de defesa de consumidores, realizou uma avaliação com gelatinas em pó existentes no mercado e detectou excesso de açúcar, corantes perigosos e a presença de adoçantes em versões normais do produto. A conclusão foi que esses itens não devem ser consumidos por crianças.

A entidade avaliou 11 pós para gelatina sabor morango: quatro na versão tradicional, quatro na versão diet e três na versão zero.

Os problemas encontrados foram: açúcar em excesso, edulcorantes (adoçantes) em duas marcas que já continham açúcar, e a presença de um corante artificial, o Amarelo Crepúsculo, relacionado a hiperatividade em crianças. Adultos podem consumi-las, mas com moderação. Já entre as gelatinas sem açúcar, todas foram bem avaliadas.

"Não existe no Brasil uma legislação específica para gelatinas em pó. A Pro Teste avalia que a criação de normas que regulem esse alimento é fundamental para a definição de alguns parâmetros, como limite de açúcar e quantidade de colágeno e proteína, a fim de que as gelatinas sejam produzidas dentro de padrões de qualidade", informou, em comunicado, a associação.

A adição de edulcorantes (adoçantes) não é recomendada no caso de alimentos destinados ao consumo por crianças e gestantes. O consumo é indicado apenas por restrição alimentar e com acompanhamento médico.

A avaliação está disponível no site da entidade: http://www.proteste.org.br/.

Pesquisa avalia corante de gelatina proibido em alguns países europeus

São Paulo –Pesquisa com 11 tipos de gelatina feita pela Pro Teste Associação de Consumidores mostrou que todos esses produtos utilizam o corante amarelo crepúsculo –produto permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),mas proibido em alguns países da Europa. “Pesquisas demonstraram uma relação dessa substância (o corante) com hiperatividade e outros distúrbios de comportamento em crianças suscetíveis”,afirma o estudo,sublinhando que boa parte do esforço de marketing das gelatinas é voltada para o público infantil.
Além disso,quatro gelatinas com açúcar também receberam outras críticas. Duas utilizam adoçantes –Royal e Dr. Oetker –e,por isso,não seriam recomendadas para crianças e gestantes. Outras duas –Bretzke e Sol –apresentam,respectivamente,10,9 e 8,8 gramas de açúcar por porção de 120 gramas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda para adultos o consumo diário de até 50 gramas de açúcar.
A quantidade de colágeno nos produtos foi considerada muito pequena,e,por isso,alvo de controvérsia. A Bretzke tradicional tem 0,76 grama. A Doce Menor Diet e a Dr. Oetker Diet apresentam 2 gramas. Estudos indicam que uma alimentação rica em colágeno traz benefícios para a saúde. “Precisamos de uma legislação que regule a quantidade de açúcar e de colágeno”afirma Manuela Dias,nutricionista da Pro Teste.
A Kraft Foods,responsável pelas gelatinas Royal,e a J. Macêdo,da linha de produtos Sol,afirmaram por nota que seguem rigorosamente a legislação do País. A Bretzke Alimentos apontou que a quantidade total de açúcar dos seus produtos é inferior à quantidade diária recomendada pela OMS para um adulto. Também informou que foi lançada uma linha com quantidade extra de colágeno para consumidores interessados “nos aspectos funcionais da substância”. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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